Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


03-07-2022

Uma Viagem à Índia por Gonçalo M. Tavares


Eduardo Lourenço (Prefácio  que a descreve como uma "anti-epopeia")
A primeira epopeia portuguesa do século XXI


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Imagine uma aventura da mesma magnitude de Os Lusíadas, mas que fosse escrita hoje. Um homem que faz uma viagem à Índia, tentando aprender e esquecer no mesmo movimento, traçando um itinerário de uma certa melancolia contemporânea.
É assim que os grandes críticos têm definido este livro, escrito por Gonçalo M. Tavares  
, um dos mais aclamados escritores portugueses da nova geração.

Este livro pode ser considerado uma epopeia portuguesa do século 21. Esta obra narra a história de um homem que faz uma viagem à Índia, tentando aprender e esquecer no mesmo movimento, traçando um itinerário de uma certa melancolia contemporânea.

O livro conta a história de Bloom que, saindo de Lisboa, deseja ir até a Índia em busca de uma viagem interior que lhe proporcione sabedoria (ou alegria ou mulheres). 

O romance, escrito de forma epopeica, é dividido em 10 Cantos, sendo cada um dividido em estrofes que, com um pouco de imaginação e liberdade do leitor, podem inclusive ser lidas separada e aleatoriamente (se isto foi algo que só eu fiz, não sei, porém o resultado foi espetacular). Sendo Gonçalo um escritor português e, seu romance, uma epopeia, é inevitável a comparação aos Lusíadas de Camões. Apesar de ser intencional a referência ao clássico português, Uma Viagem à Índia não é uma releitura de Camões: ele é uma das obras mais originais e extraordinárias já escritas e que, inclusive, recria a epopeia de forma nunca antes vista.