Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


14-03-2023

As regiões sul e centro eram conhecidas como "Gharb Al Andalus"(Andaluzia Ocidental)



O povo arabizado do Al Andalus Inline image
controlava grande parte do que é agora Portugal.Naquela época, as regiões sul e centro eram conhecidas como "Gharb Al Andalus"(Andaluzia Ocidental).

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No norte a presença deles foi menor e não deixou muitos vestígios. Mas em Vila do Conde, com vista para o rio Ave, tem algo que pode levar direto para Marrocos e Palestina. É uma capela cristã ? mas parece uma tumba islâmica????(Qubba).

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Não foi construído na época de Al Andalus, mas no século XVII, por Gaspar Manuel Carneiro, após as suas viagens ????na rota para o Oriente Médio, Índia, China e Japão.

via Portugal Inesperado

 

O qubba (em árabe: ??????, pl. ???????, qubb?t) é um termo árabe que designa uma estrutura arquitetônica com uma base quadrada e uma cúpula ou telhado de madeira não plana, que pode assumir, entre outros, uma forma hemisférica, uma pirâmide tronco, uma abóbada esquife ou panos.

 

É característico da arte muçulmana. Originalmente era usado para se referir a uma tenda ou pavilhão feito de peles, postes, suportes, braçadeiras e guarda-sóis, mas também pode ser usado de forma mais geral em monumentos funerários, para designar mausoléus em locais de peregrinação ou como salões principais ou salas do trono em palácios. recintos.

Mais tarde, o seu uso foi transferido para a arquitetura cristã através da arte mudéjar.

A palavra qubba deu origem ao "quarto" , primeiro como a sala principal da arquitetura palaciana mudéjar e depois entendida como a pequena qubba das casas.

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Lirola Delgado, Jorge y Puerta Vílchez, José Miguel, coords.

Tomo I. Diccionario de autores y obras andalusíes (DAOA), (A-IBN B).

 

Análise detalhada de 339 autores andaluzes com seus aspectos biográficos, produção intelectual, obras, análise e localização dos manuscritos, etc...

Inclui índices de nomes, nisbas, assuntos, trabalhos, atividades, nomes de lugares e gráficos genealógicos.

 

E ouçam este vídeo sobre os muçulmanos na peninsula ibérica »» https://ensina.rtp.pt/artigo/arabes-na-peninsula-iberica-as-terras-do-al-andalus/

 

A sua presença na Península tem séculos de história. De sul para norte, a conquista foi rápida e duradoura. Começou em 710, com mouros e berberes determinados a apoderarem-se do novo território. Chamaram-lhe al-Andalus e, a ocidente, al-Garb.

Quando, nos primórdios do século oitavo, muçulmanos e berberes africanos atravessaram o mediterrâneo rumo a Gibraltar, nunca pensaram que a conquista de um vasto território como a Península Ibérica pudesse ser tão rápida. A vitória na batalha de Guadalete, onde foi morto Rodrigo,o último rei visigodo, incitou o exército do emir Musa, liderado por Tariq, a avançar confiante por terras da Hispânia.

Em cerca de cinco anos chegaram ao centro da atual Espanha e expandiram as campanhas militares em direção ao ocidente peninsular, apoderando-se de cidades como Beja, Évora, Coimbra e Santarém.

A organização política, territorial e económica dos muçulmanos na Península Ibérica

EXPLICADOR

A organização política, territorial e económica dos muçulmanos na Península Ibérica

Em 715 quase toda a Ibéria tinha caído no seu poder, com exceção de uma região a norte, onde um exército se fortalecera com os capitães visigodos e os soldados vindos do sul. Comandados por Pelágio, tiveram a primeira vitória sobre os mouros, em 718. Assim, a partir das terras das Astúrias, começava a reconquista cristã, que do lado português só terminou ao fim de quase cinco séculos.

O Al-Andalus era todo o ocidente islâmico com fronteiras que “variavam em função dos avanços ou recuos dos reinos cristãos”, como explica a arqueóloga Rosa Varela Gomes neste extrato do programa Visita Guiada. Dividia-se em duas regiões distintas:

o Sharq-al-Andalus, onde floresciam as notáveis cidades de Sevilha, Córdova e Granada;

e o Garb-al-Andalus  que correspondia aproximadamente à Lusitânia Romana e que durante séculos teve a sua capital em Silves.