Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


09-02-2015

Não podemos dizer que Angola vive na democracia mas estamos a caminho disso ,Ama


Amadeu Amorim, o fundador dos Ngola Ritmos, afirma, no entanto, que estamos no bom caminho.

 

Paulino Damião/JAImagens

Amadeu Amorim[ Paulino Damião/JAImagens ]


 

Esteve dez anos preso, depois de ter sido julgado no processo histórico que ficou conhecido como o Processo dos 50. Figura do nacionalismo, co-fundador dos míticos Ngola Ritmos, Amadeu Amorim esteve no “Angola Fala Só” da rádio Voz da América para afirmar que “não podemos dizer que Angola vive na democracia mas estamos a caminho disso”.

Para Amadeu Amorim, “é preciso manter o espírito de Fevereiro e Março” e se “não podemos dizer que somos democratas” é porque o país tem apenas 22 anos como democracia multipartidária “e, por isso, somos aprendizes da democracia”.

É um processo demorado, até porque grande parte da população continua a ser analfabeta, no entanto, “vamos chegar lá”, afirma convictamente. Desde que todos dêem “uma ajuda respeitando a democracia, respeitando a liberdade dos outros”.

“Estamos no bom caminho mas precisamos que caminhemos de mão dadas”, disse, para acrescentar: “Vamos criar a nossa democracia, com as nossas raízes e a nossa cultura”.

O que “é preciso” é “apertar os governantes para que não saiam do seu caminho”, porque quem tem de ditar as regras é o povo: “Nós é que temos que ditar”.

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E ouça aqui o saudoso  N'Gola Ritmos - Monami

 

 

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N'Gola Ritmos - Monami

 

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N'Gola Ritmos - Monami
Lourdes Van-Dunem, ou Tia Lourdes como era conhecida em Angola, canta com os célebre N'Gola Ritmos para a RTP em 1964. Esta é uma actuação histórica do grupo fundado por "Liceu" Vieira Dias, que viria a sofrer uma enorme repressão, terminando na prisão de dois dos seus fundadores (Amadeu e Liceu).
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"Não podemos dizer que Angola vive na democracia" - Rede Angola