Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


18-10-2005

Informativo Sebastião Coelho


Homenagem ao saudoso jornalista angolano Sebastião Coelho

Este espaço é dedicado ao continente africano e à sua diáspora

Envie-nos sua opinião que nós publicamos.

Nesta edição encontra : Sebastião Coelho , a partida do mestre ; Referências a livros sobre os povos Bantos ; Depoimento de uma família angolana; Algumas palavras sobre o “ Pequeno Vocabulário Kimbundu/Kikongo/ Português ”

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Sebastião Coelho , a partida do mestre

Maria Augusta Silva Jornalista , Dezembro , 2002

Voz inconfundível da rádio . Angolano até à raiz da alma . Sebastião Coelho despediu-se, na sexta-feira , do sol que lhe alimentou uma vida de ideais , de lutas , de desafios , de perigos , de cultura e de paixões , de utopias com todos os seus excessos . Morreu, com 71 anos , na Argentina, país que o soube acolher depois de muitos sonhos magoados. Quis ficar sepultado nos arredores de Buenos Aires, onde vivia há anos rodeado de afectos renascidos.
Jornalista , professor , investigador , marcou gerações do jornalismo , em particular de um mundo radiofónico que inovou e dinamizou como ninguém . Mestre que não precisava de falar alto , preferia comunicar com um entusiasmo inabalável , contagiante . Amigos , que teve mais do que inimigos , foram levar-lhe saudades , no sábado à noite , a uma igreja de Cascais. Também saudades da terra angolana e de um povo que Sebastião Coelho conhecia como poucos e amava acima de todas as coisas . Basta ler as crónicas que continuava a assinar , regularmente , em ebonet.net/kandimba. Estava, ainda , a preparar novo livro de contos . E, em Maio último , participara, em Luanda, no 12.º Congresso da Associação de Universidades de Língua Portuguesa; não deixou então de ir olhar o corpo , os nervos , o bom e o mau de sítios e costumes e lembranças que fazem parte do seu sangue e da sua pele . A notícia é-me dada enrolada em dor . Mordo o silêncio . Corro pelo tempo , atravesso não sei quantas fronteiras com a memória aberta nas mãos e sei dizer apenas , Sebastião, espera aí , de que vais falar hoje no teu programa ?
E logo o teu sorriso quente , cheio , o teu afago : Café da Noite , boa música em boa companhia , na Rádio Eclésia, Emissora Católica de Angola . A análise aguda , lúcida . Brilhante . Escutavam-te no asfalto , nas cidades , nas sanzalas, no mato . Unias todas as lonjuras . Falavas com os teus olhos azuis, transparentes . Falavas o que sentias e pensavas e sonhavas. Pagaste, por isso e sempre , o preço de quereres ser livre , justo , coerente e humano , e de desejares essa mesma liberdade e humanidade para os outros , teus iguais . Morreste, Sebastião? Que é a morte ? Vou ficar à espera que me respondas, que nos respondas num próximo programa , Café da Noite , boa música em boa companhia . Mongué! Na tua companhia . Até amanhã .

Fonte : dn2. sapo .pt/

 

Livros a ler

Base

01

Mostra_Índice

Autor

Lopes, Nei

 

Título

Dicionário banto do Brasil / Nei Lopes

 

Imprenta

[ Rio de Janeiro , Brazil] : Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro , Centro Cultural José Bonifácio, [1995?]

 

Descr Fís

277 p. : ill., map ; 21 cm

Mostra

Assunto

DICIONARIOS BILINGUES

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Assunto

LINGUAS AFRICANAS

 

Tipo Mat

LIVRO

Localizar_Exemplares

Acervo

Exemplares na biblioteca FFLCH - USP

 

 

Preço = R$ 45,00

Fruto da reestruturação do livro publicado em 1996, este ' Novo Dicionário Banto do Brasil', com as revisões e acréscimos feitos no corpus anterio r- inclusive a inserção de uma parte onomástica - é fruto de intenso trabalho de pesquisa bibliográfica e de campo . Abrangendo mais de 8 mil entradas , ele contempla uma vasta coleção de vocábulos que , comprovada ou hipoteticamente, chegaram ao nosso pais com a diaspora dos negros bantos .

 

 

BANTOS , MALÊS E IDENTIDADE NEGRA
Autor :  LOPES, NEI
Editora : FORENSE UNIVERSITARI
Assunto: CIENCIAS SOCIAIS-ANTROPOLOGIA

Preço = R$ 20,00

' Bantos , males e identidade negra ' representa um marco entre os estudos recentes sobre as relações entre História , etnicidade e formação cultural brasileira . O seu interesse principal reside em retificar , através de um amplo esforço de revisão histórica , as abordagens a que tem sido submetido o segmento banto . Destaca-se também neste estudo a análise dos males , cuja memória cultural é aqui resgatada de modo a se estabelecerem novos parâmetros de interpretação histórica das conexões entre o islamismo e a negritude.

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Cultura Angolana

Depoimento de uma família angolana, Uberaba, MG 17.12.01 *

 

A cultura angolana está sendo ameaçada de extinção , em primeiro lugar , por causa da modernização mundial e da civilização ocidental , sem contar o cristianismo e as descobertas do próprio ser humano . Em segundo lugar , podemos citar as conseqüências da guerra prolongada; as pessoas perderam a liberdade que elas tinham nas aldeias , para enfrentar uma vida totalmente oposta ao habitual delas. Além de que assim como nós , muitos angolanos vivem agora fora do país .

 

Um exemplo de cultura angolana: o nome da criança

O nome é dado à criança em grande parte em homenagem a alguém e, por causa disso, essa criança recebe o tratamento do proprietário original do mesmo nome . O primogénito recebe em geral o nome do pai ou do avô paterno , ou da avó paterna , se for menina . No caso de xará do pai , ele é chamado “ papa fioti” ou seja “ pai pequeno ”, quer dizer paizinho. E avozinho ou avozinha se for o segundo caso . Ou também se dá apelido a criança , só para não ficar pronunciando o nome da ou do xará , porque seria falta de respeito . Quando a criança chega na idade de poder sair de casa ( pelos três meses), os pais levam ela a casa do chará, para a apresentar a ele . E com eles levam um galo vivo , um terno ( fato , costume ), roupa feminina para mulher , saco de “macoca” ( que significa mandioca fermentada na água ) ; além do termo “macoca”, existem outros como “makesso”, plural de kesso, bombó para fazer fubá ( farinha de mandioca ). Levam, também , bebidas , calçados , lenço de cabeça , etc. O bebé recebe do chará vários presentes como roupas e se ele tiver boas condições materiais , compra presentes para os pais do bebé. Até uma certa idade , a criança pode viver com o chará dela .

 

A música angolana tradicional

Tem músicas com várias classificações, entre as quais podemos citar : o ritmo musical que exprime alegria , isto quando há casamento , nascimento de gémeos ou a chegada de uma pessoa que se pensava perdido para sempre . Já o ritmo da tristeza é tocado nos casos de morte de pessoa importante ; as pessoas que vivem mais longe do local , ao ouvir o ritmo de batuque , podem até dizer o nome da pessoa que morreu.

Há ainda os ritmos de música que se tocam nas festas populares e os que são executados para um grupo de pessoas após a circuncisão .

 

A família angolana

A família angolana é grande . Ela compõe-se do chefe da família , do pai , mãe , filhos , tios e sobrinhos , com os mesmos direitos dos filhos . A ajuda financeira estende-se a todos os componentes da família .

 

* família angolana: pais , Rosa Senguele Castelo , nascida no Kibocolo (Uige), e Nsungu Filipe Castelo , nascido na Damba(Uige); filhos , Nsungu Kamukotelo e Keto, nascidos em Luanda, Cristiane e Zola, nascidos em Uberaba, MG .

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Algumas Palavras 25.01.03

Margarida Silva e Castro*

A autora do

Pequeno Vocabulário Kimbundu/Kikongo/ Português

( Nádia Póvoa Chaia, 2001 )

pediu-me para prefaciar seu livro , uma leitura que me ensinou e emocionou.

A autora do pequeno grande livro “ Pequeno Vocabulário Kimbundu/Kikongo/ Português ” , Nádia Póvoa Chaia, é bisneta de um dos maiores escritores brasileiros , Euclides da Cunha , nasceu na cidade de Novo Friburgo, e diz ter tido a sorte , de em criança conhecer uma filha de escravos . Nádia nos confidenciou que "a velha Romana , filha de ex- escravos , todas as tardes , quando eu vinha da escola , sentava-me no chão , ao seu lado , e ficava ouvindo as histórias que contava e achava engraçado quando ela cantarolava numa língua que eu não entendia". A autora ficava encantada quando a velha Romana a chamava, carinhosamente , de Nda'felé, e só muitos anos mais tarde descobriu que aquele vocábulo queria dizer pequena senhora ou pequena princesa. "Tenho muitas saudades e boas recordações dela. Lembro-me que desde meninota, eu não aceitava a discriminação de ninguém em função da cor de sua pele . Conforme fui amadurecendo, foi aumentando em mim a curiosidade pela cultura negra como um todo ", concluiu Nádia.

O testemunho da autora confirma nossa convicção , de que são as experiências e os valores humanos vivenciados em pequenos que nos fazem adultos justos . Na infância , a família e a escola têm um papel importante a desempenhar na formação da identidade e cidadania do adulto .

A velha Romana através de histórias e vocábulos passou para a Nádia o sentimento de veneração e de amor pelas culturas bantu. E por aqui começou o seu despertar e a vontade de aprofundar as raízes africanas do Brasil.

O Brasil representa o encontro de três continentes . Com efeito o Oceano Atlântico foi o agente silencioso de uma civilização que uniu o Ocidente da Europa e da África às Américas e que , quaisquer que sejam as diferenças ou obstáculos , as impede de desligar os seus destinos . Isto o que aconteceu com as navegações ibéricas que integraram nas expedições judeus , árabes ou berberes de origem . Estes , ao encontrarem os africanos , ameríndios e asiáticos , descobriram outras culturas . A unidade destes dois movimentos resultou numa miscigenação de culturas : o Brasil.

Precisamos de redescobrir as fontes espirituais das culturas em nós mesmos para sermos verdadeiramente universalistas .

Por outro lado estamos atravessando uma época em que nos preocupamos com a força esmagadora da hegemonia de algumas potências e nos perguntamos "Será possível resistir à uniformização ideológica, econômica e dos órgãos de comunicação e ao que se tem chamado " pensamento único " ?

Nádia tem compromisso com a defesa da identidade brasileira . E reconhece que este é um dos desafios que se abre aos povos e nações do mundo . Há que lutar contra a morte das línguas que são o suporte de culturas e de identidades . E saber usar meios tecnológicos poderosos , como a Internet , para garantir « espaço » no mundo real e virtual . Aproveitar as instâncias internacionais para se fazer ouvir , como aprendemos com Timor. Lutar por estar no coração das organizações onde as decisões se tomam. Adotar vias de desenvolvimento sustentável . Orgulhar-se da criação e inventividade de seu povo , sejam eles escritores , artistas plásticos , músicos , cientistas ou poetas . E não renegar as lições da História . O Brasil tem que ser o destino de nossa aposta no respeito pelas peculiaridades de suas culturas . Não podemos vacilar .

Ler o " Pequeno Vocabulário Kimbundu/ Kicongo/ Português " de Nádia, representa um convite a conhecermos mais sobre a presença da África no Brasil. E a que sejam reveladas as ligações espirituais , culturais e lingüísticas com o povo que habita, em maioria , o território de Angola , na África Ocidental , de onde vieram milhões de escravos . O livro da Nádia dá-nos acesso a um conteúdo que sugerimos seja referência para as educadoras.

A iniciativa da autora já foi motivo de manifestação de interesse por diversos grupos de estudos das culturas negras. Desafios que muitos querem enfrentar !

Identificar os hábitos , as tradições e a linguagem que estabelecem as conexões entre a América do Sul e a África, é o primeiro passo para refazer os elos perdidos nos últimos 100 anos entre os dois continentes , e de prestar subsídios à construção da auto estima da imensa maioria do povo brasileiro que ignora as " razões " de muitas das suas manifestações culturais. Fica-nos no entanto a convicção , de que será incompleto tudo o que se tente. Mas sem duvida que é proveitosa toda e qualquer informação que nos oriente para a descoberta da capilaridade que durante séculos uniu Angola ao Brasil

Temos várias manifestações culturais no Brasil com origem Bantu. A capoeira por exemplo é um esporte de ataque e defesa que foi introduzido no Brasil, no século XVI, pelos bantu de Angola . E outro registro da presença angolana no Brasil é o instrumento musical denominado por berimbau , urucungo ou marimba que acompanha o jogo da capoeira .

Também as congadas , um ritual e uma memória africana , na opinião de Edison Carneiro , um dos folcloristas melhor informados a respeito de tradições e costumes de negros no Brasil, representam, num mesmo ritual , a memória dos cortejos e lutas das tropas da rainha Jinga, de Angola , um símbolo vivo da guarda de uma identidade guerreira , tribal e africana , até hoje presente naquele país .

Mas o que sabe o Brasil sobre as etnias - o conjunto de homens com caracteres psicológicos , somáticos e sociais iguais - angolanas? Eis uma pergunta provável que merece resposta .

As línguas kimbundu e kikongo , são línguas bantu . Que estudos temos sobre esta línguas ? Estamos certos que será o conhecimento mais profundo sobre as culturas presentes no Brasil que nos ajudará a combater o racismo e o medo de preservar as tradições . Vamos então mergulhar nas heranças lingüísticas do Brasil, voltando a Angola .

Angola tem vários grupos etno lingüísticos bem diferenciados. Um exemplo disto são os Hereros que falam o tchihelelo e que têm vivências únicas quer nos ritos de puberdade , quer nas cerimônias fúnebres ou de casamento , quer no vestuário usado. O mesmo acontece com os kikongo, kimbundu, Lunda-Quioco , Umbundo, Canguelas, Nhaneca- Humbe, Ambós e Xindongas.

Com efeito as populações de Angola segundo C. Lopes Cardoso, em seu livro " Angola . Grupos étnicos ",1964, se distribuem por três grandes grupos- os negros- bantu, os negros-não-bantu e os não-negros-e-não bantu, que não têm todas a mesma proveniência , nem chegaram a Angola ao mesmo tempo . Primeiro vieram os não-negros-e-não-bantu; depois vieram os pré- bantu; finalmente os bantu.

Mas vamos apenas falar dos bantu que são a razão do livro de Nádia Chaia.

Os bantu são hoje mais de 50 milhões de indivíduos , espalhados pela " África bantu", que vai da linha que liga o Golfo da Guiné à foz do Juba (na Somália) até ao Cabo . Compreende povos heterogêneos e detentores de uma língua que se serve da raíz etimológica ntu para designar as pessoas . Essa raiz mais o prefixo do plural ba dão o conjunto ba-ntu , Para Luís Figueira , no livro "África Bantu, 1938, os Bantu têm origem numa migração iniciada alguns milhares de anos antes de Cristo , em certo lugar da África Central para a Ásia , onde se cruzam com os povos da Mongólia e da Índia . Os descendentes destes cruzamentos voltam depois ao continente de origem através do estreito de Bad el Mandeb e pelo Suez. Eles vieram provavelmente receosos do Egito faraônico – ou seja da escravatura -, sobem o Nilo e espalham-se na região dos Grandes Lagos . É nessa época que criam a sua própria língua , prosperam e multiplicam-se em grande escala .

Quando os recursos naturais escasseiam, os Bantu , vão para o Oceano Índico, até que contatam de novo com Ásia. Avançam no lago Niassa, seguem o curso do Zambeze, invadem os territórios circunvizinhos , avançam para o Sul e refluem mais tarde para o Norte . Constituem assim o chamado ramo Cafre ( ou Kafir, que quer dizer " infiel " em árabe ).

Outros lançam-se na aventura de atravessar a " grande floresta ". Seguem o curso do Zaire e difundem-se pelas duas margens , do lago Chad às nascentes do Cassai e Lulua. Constituem o ramo Bakongo.

Os Cafres e os Bakongos entram em Angola , não se sabe quando . Com o decorrer dos séculos , as vicissitudes passadas e as acomodações necessárias, são agora duas gentes diversas. Os primeiros dedicam-se à pecuária , levantam casas circulares de tecto cônico , vestem peles de animais , festejam a puberdade , utilizam a azagai como arma de defesa e caça ; os segundos cultivam a terra ( onde põem o milho , a mandioca , a banana e os inhames ), constroem casas retangulares de duas águas , usam o arco , formam associações secretas, vestem de fibras de cascas de árvore e dançam com máscaras . São cafres, os grupos etno lingüísticos Herero, Nhanneca-Humbe, Ambó e Xindonga; bakongos, o grupo Kikongo. Do contato entre os dois ramos provém os grupos Quimbundu, Lunda-Quioco , Ganguela (predominantemente bakongos) e Umbundu (predominantemente cafre).

Com a "recombinação genética " por que passaram, os bantu deram indivíduos diferentes . Uns baixos , outros altos , uns de tez escura ou mais clara , outros com nariz achatado ou com nariz aquilino .

A tradição dos povos Bantu, localizados em Angola , está presente no Brasil, na língua , nos contos , provérbios , lendas e mitos . Há que fazer um esforço para resgatar a memória escrita e oral bantu em diversas dimensões , e torna-la mais acessível a todos os segmentos da população . No final de contas , até os grupos de congada reclamam da falta de conhecimento sobre as ligações entre o que cantam e dançam, e a história lendária da rainha Ginga angolana!

Esta uma tarefa para a qual são chamados, com caráter de urgência , jovens , historiadores e cientistas sociais a quem as gerações futuras não perdoarão as oportunidades perdidas.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é uma realidade mas a riqueza de seus povos está exatamente no reconhecimento da multiculturalidade que nos é comum . O sistema de educação no Brasil precisa de dar maior espaço em seus curriculuns a um patrimônio que está na memória popular mas não é muito reconhecido. As culturas presentes no Brasil são fonte geradora de criatividade e atraem a admiração de cidadãos do mundo .

Sinceramente esperamos que este livro , uma pequena grande obra , que nos dá a clareza da conexão entre os vocábulos e o negro africano , possa desencadear no leitor a vontade de saber mais sobre os povos bantu, tão pouco lembrados embora tão " presentes ". Que surja, a partir do primeiro trabalho de Nádia, o hábito de intercâmbio de idéias entre os povos Bantu de lá e o povo brasileiro !

Ao ler o " Pequeno Vocabulário kimbundu / Kikongo / Português " fica-nos a certeza de que a Nádia vai continuar a escrever a respeito da presença das culturas Bantu neste país . No sítio , na Internet , www.culturabantubrasil.hpg.com.br , a autora já estabeleceu a trilha do conhecimento que muitos querem aprofundar e que certamente nos ajudará a entender mais a história dos elos entre os povos.

* articulista , comunicadora e defensora dos " elos " entre os povos