Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


27-02-2014

Angola tem défice de 3 milhões de toneladas de cereais


Da Redação, com Angop26/02/2014 08:00O défice de cereais em Angola está estimado em 3 milhões de toneladas, sendo a produção atual em torno de 1,5 milhão de toneladas, de acordo com dados divulgados, em Luanda, pelo diretor-geral do Instituto Nacional de Cereais (INCER).Luanda - O défice de cereais em Angola está estimado em 3 milhões de toneladas, sendo a produção atual em torno de 1,5 milhão de toneladas, de acordo com dados divulgados terça-feira (25), em Luanda, pelo diretor-geral do Instituto Nacional de Cereais (INCER), Benjamim Castello.A produção atual cobre somente 40 porcento das necessidades de consumo do país, uma percentagem que poderá chegar aos 90 nos próximos três anos, considerando os números do Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 no capítulo dos  cereais. Até 2017, segundo o referido plano, o país prevê registar uma  produção na ordem dos 3,5 milhões de toneladas.Segundo o responsável do INCER,  mesmo importando o défice (3 milhões de toneladas) o país não estará suficientemente abastecido, considerando os constrangimentos inerentes ao processo de importação e distribuição do produto aos vários pontos do país.Benjamim Castello acredita numa solução nacional, com  incremento na produção e incentivos aos produtores."Os recursos humanos, com bons salários, constituem um elemento importante no quadro da evolução produtiva", defendeu.

"Se quisermos ser suficientes na produção de ovos e de carnes, temos de investir na produção de cereais, pois a alimentação de aves e gados é 80 composta por cereais. E produzir cereais depende sobremaneira no investimento em recursos humanos. É preciso criar  incentivos aos jovens e tornar a agricultura uma questão de segurança nacional",  sustentou.De acordo com Benjamim Castello, é nos recursos humanos que estão os principais constrangimentos e entraves à produção de cereais, embora atribua à falta de água parte destes embaraços . Quanto ao último factor,
considera urgente a criação de condições para a gestão da água da chuva."Quando chove, o curso das águas tem como destino os rios e mares,  prejudicando, em muitos casos as plantações. Sendo assim, é necessário montar infraestruturas para gerir os recurso.s Refiro-me
particularmente às albufeiras, às represas", defendeu.Ainda no quadro das águas, Benjamim Castello aconselha ao desassoreamento (dragagem) dos rios do país, pois, segundo o responsável, a água das chuvas transporta "toneladas" de areia para  os rios.O Conselho Científico do INCER esteve reunido durante dois dias, com a participação de  delegados das 18 províncias do país.
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