Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


22-10-2015

Conheça as etnias que vão disputar os Jogos Mundiais Indígenas Bruna Riboldi


(Imagem: Marcelo Camargo, Agência Brasil)

 

Um dos organizadores do evento, o Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena, não segue a divisão regional brasileira, mas a geografia étnica, levando em conta os biomas nacionais: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Floresta Amazônica, Pampas e Pantanal. Para participarem, os indígenas precisam ser originários de suas aldeias, falar a língua tradicional e conhecer a própria cultura. Dentro da etnia, o cacique e o chefe da delegação recrutam os atletas.

 

Palmas/TO- Índios Karajá Xambioá se reúnem em área próxima a Aldeia Okara, onde as etnias brasileiras estão hospedadas ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)Índios Karajá Xambioá (Imagem: Marcelo Camargo, Agência Brasil)

O Cerrado estará representado pelos povos Karajá, Bakairi, Paresi, Xavante, Bororo, Nhambikwara, Rikbatsa, Canela, Manoki, Tairapé, Xerente, Javaé, Kamaiurá e Kuikuro. O povo Xerente é o anfitrião da festa. Eles vivem no Tocantins e estão divididos em duas terras indígenas. Estudo realizado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em 2010, contabilizou 3 mil indígenas deste povo. Os Xerente já participaram de cinco edições dos jogos indígenas nacionais e a principal atividade deles no evento é a corrida com tora.

Palmas/TO - Índios da etnia Manoki colhem fibras de buriti para confecção de adereços que serão usados durante os jogos (Marcelo Camargo/Agência Brasil)Índios da etnia Manoki (Imagem: Marcelo Camargo, Agência Brasil)

Os povos Asurini, Waiwai, Kayapó, Gavião Kykatejê, Gavião Parakatejê e Matis são os representantes da Amazônia. Os Matis, por exemplo, estão no Amazonas, na Terra Indígena do Vale do Javari. Estudos de 2010 apontavam 390 remanescentes da etnia. Os ornamentos desses povos são uma forma de identidade que define origem, gênero e idade. Mas, com o crescente contato com não indígenas, muitos adornos acabaram em desuso. Os Matis já participaram de oito edições dos jogos e a principal atração desse grupo é a zarabatana.

Índios Pataxó (Imagem: Marcelo Camargo, Agência Brasil)

O povo Pataxó marca a participação da Mata Atlântica. Cerca de 11,8 mil índios Pataxó vivem entre o extremo sul da Bahia e o norte de Minas Gerais. Pelos registros históricos, os primeiros contatos com os Pataxó ocorreram no século 16 por colonos que os descreviam como povos amigos. Os Pataxó já participaram de dez edições dos jogos indígenas e a principal atividade desse povo é a corrida.

Índios Kaiapó (Imagem: Marcelo Camargo, Agência Brasil)

Das terras mais ao Sul do Brasil vem o povo Kaingang, representando os Pampas. Os Kaingang estão distribuídos em quatro estados: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, ocupando mais de 30 terras indígenas, que representam uma pequena parcela do território original. A população Kaingang é de cerca de 34 mil pessoas. Eles já participaram de oito edições dos jogos indígenas e se destacam no arremesso de lança.

Palmas - Índios de diversas etnias se refrescam no ribeirão Taquaruçu ao nascer do sol (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Índios de diversas etnias se refrescam no ribeirão Taquaruçu ao nascer do sol (Imagem: Marcelo Camargo, Agência Brasil)

Os representantes do Pantanal são os povos Terena e Guarani Kaiowá. Originalmente, os Terena habitavam o estado de Mato Grosso do Sul, mas hoje estão divididos em 16 terras indígenas e também podem ser encontrados nos estados de Mato Grosso e São Paulo. A luta pela demarcação é constante, pois ainda existem terras que não foram demarcadas. Atualmente são mais de 25 mil índios. Eles já participaram de 10 edições dos jogos e a principal participação é no arco e flecha.

Nesta edição dos Jogos Mundiais Indígenas, a Caatinga não terá representante.

Um dos organizadores do evento, o Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena, não segue a divisão regional brasileira, mas a geografia étnica, levando em conta os biomas nacionais: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Floresta Amazônica, Pampas e Pantanal. Para participarem, os indígenas precisam ser originários de suas aldeias, falar a língua tradicional e conhecer a própria cultura. Dentro da etnia, o cacique e o chefe da delegação recrutam os atletas.

Palmas/TO- Índios Karajá Xambioá se reúnem em área próxima a Aldeia Okara, onde as etnias brasileiras estão hospedadas ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Índios Karajá Xambioá (Imagem: Marcelo Camargo, Agência Brasil)

O Cerrado estará representado pelos povos Karajá, Bakairi, Paresi, Xavante, Bororo, Nhambikwara, Rikbatsa, Canela, Manoki, Tairapé, Xerente, Javaé, Kamaiurá e Kuikuro. O povo Xerente é o anfitrião da festa. Eles vivem no Tocantins e estão divididos em duas terras indígenas. Estudo realizado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em 2010, contabilizou 3 mil indígenas deste povo. Os Xerente já participaram de cinco edições dos jogos indígenas nacionais e a principal atividade deles no evento é a corrida com tora.

Palmas/TO - Índios da etnia Manoki colhem fibras de buriti para confecção de adereços que serão usados durante os jogos (Marcelo Camargo/Agência Brasil)Índios da etnia Manoki (Imagem: Marcelo Camargo, Agência Brasil)

Os povos Asurini, Waiwai, Kayapó, Gavião Kykatejê, Gavião Parakatejê e Matis são os representantes da Amazônia. Os Matis, por exemplo, estão no Amazonas, na Terra Indígena do Vale do Javari. Estudos de 2010 apontavam 390 remanescentes da etnia. Os ornamentos desses povos são uma forma de identidade que define origem, gênero e idade. Mas, com o crescente contato com não indígenas, muitos adornos acabaram em desuso. Os Matis já participaram de oito edições dos jogos e a principal atração desse grupo é a zarabatana.

Índios Pataxó (Imagem: Marcelo Camargo, Agência Brasil)

O povo Pataxó marca a participação da Mata Atlântica. Cerca de 11,8 mil índios Pataxó vivem entre o extremo sul da Bahia e o norte de Minas Gerais. Pelos registros históricos, os primeiros contatos com os Pataxó ocorreram no século 16 por colonos que os descreviam como povos amigos. Os Pataxó já participaram de dez edições dos jogos indígenas e a principal atividade desse povo é a corrida.

Palmas/TO - Índios Kaiapó fazem apresentação espontânea durante coletiva de imprensa (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Índios Kaiapó (Imagem: Marcelo Camargo, Agência Brasil)

Das terras mais ao Sul do Brasil vem o povo Kaingang, representando os Pampas. Os Kaingang estão distribuídos em quatro estados: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, ocupando mais de 30 terras indígenas, que representam uma pequena parcela do território original. A população Kaingang é de cerca de 34 mil pessoas. Eles já participaram de oito edições dos jogos indígenas e se destacam no arremesso de lança.

Palmas - Índios de diversas etnias se refrescam no ribeirão Taquaruçu ao nascer do sol (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Índios de diversas etnias se refrescam no ribeirão Taquaruçu ao nascer do sol (Imagem: Marcelo Camargo, Agência Brasil)

Os representantes do Pantanal são os povos Terena e Guarani Kaiowá. Originalmente, os Terena habitavam o estado de Mato Grosso do Sul, mas hoje estão divididos em 16 terras indígenas e também podem ser encontrados nos estados de Mato Grosso e São Paulo. A luta pela demarcação é constante, pois ainda existem terras que não foram demarcadas. Atualmente são mais de 25 mil índios. Eles já participaram de 10 edições dos jogos e a principal participação é no arco e flecha.

Nesta edição dos Jogos Mundiais Indígenas, a Caatinga não terá representante.

http://www.conexaolusofona.org/conheca-as-etnias-que-vao-disputar-os-jogos-mundiais-indigenas/