Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


26-11-2015

Luanda vai ter 12,9 milhões de habitantes em 2030


Número consta do novo Plano Director Geral Metropolitano da capital.

A província de Luanda deverá duplicar a população para 12,9 milhões de habitantes até 2030, o que obrigará à construção, nomeadamente, de 13 novos hospitais, 1.500 escolas e de 1,4 milhões de casas.

 

A informação consta do Plano Director Geral Metropolitano de Luanda, preparado pelo governo para a província, prevendo que só o município de Viana – o mais industrializado do país – atinja dentro de 15 anos os 3,1 milhões de habitantes.

O documento faz também o diagnóstico da situação actual na província, estimando que 80 por cento da população – de 6,5 milhões de habitantes, um quarto dos habitantes do país – vive em musseques.

Nesta área, o plano, designado de “Luanda 2030 – Cidade inovadora”, prevê realojamento e regeneração de várias zonas da capital, nomeadamente nas classificadas de “prioridade muito alta”, por riscos de vida eminente ou indução, entre outros problemas.

Com o crescimento da população estimado para 12,9 milhões de pessoas, e face às dificuldades de mobilidade que se registam diariamente na capital, com filas intermináveis de trânsito e reduzidas ofertas de transportes públicos como alternativa, este plano de intervenção prevê obras em 446 quilómetros de estradas primárias e 676 quilómetros de vias secundárias.

Igualmente um sistema de comboio suburbano com 210 quilómetros e 142 quilómetros de corredor para trânsito exclusivo de transportes públicos.

“As poupanças de tempo projectadas nas viagens de carro podem representar o equivalente a 2 por cento do PIB [Produto Interno Bruto] de Luanda em 2030″, lê-se no relatório.

O consumo de água, para uso doméstico, comercial e industrial, mais do que deverá duplicar em quinze anos.

O executivo também prevê a construção de infraestruturas de saneamento básico, com dois novos sistemas, a norte e a sul da capital, a remoção da Estação de Tratamentos de Águas Residuais (ETAR) removida da marginal de Luanda e a “reutilização de efluentes tratados para agricultura e fins industriais”.

As necessidades de fornecimento de electricidade são outras prioridades do plano de desenvolvimento para Luanda, que define a necessidade de garantir uma potência de 5.600 MegaWatts (MW), contra os actuais disponíveis 1.700 MW.

Esse acréscimo será garantido através de novas centrais hidroeléctricas e térmicas em construção e ainda com quatro linhas e 15 novas subestações de transporte.

O plano admite também, para justificar o investimento a realizar – não quantificado -, que a receita anual de consumo residencial de energia em Luanda poderá atingir, em 2030, os Kz 23 mil milhões (USD 180 milhões) e com a água até Kz 31 mil milhões (USD 243 milhões).

 

http://www.redeangola.info/luanda-vai-ter-129-milhoes-de-habitantes-em-2030/