Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


16-06-2019

Alentejo da água e das pedras - AMADEU ARAÚJO


|Uma paragem para descansar, conhecer a história portuguesa e deliciar-se com uma cozinha que continua autêntica. Afinal, este Alentejo, feito de água e pedras, guarda histórias, lendas e segredos numa terra que é nossa e que continua a surpreender. |

 

AMADEU ARAÚJO

A água dos rios, ribeiros, barragens e pegos, as antas e vestígios pré-históricos, os sobreiros e as oliveiras a marcarem a paisagem deste Alentejos.

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A água dos rios, ribeiros, barragens e pegos, as antas e vestígios pré-históricos, os sobreiros e as oliveiras a marcarem a paisagem deste Alentejo

Indo para lá de Ponte de Sor e abaixo do Tejo, onde principiam as planícies, correm córregos, resistem carrascais e sobreiros. A terra amarela pinta-se de verde a perder de vista, há castelos e menires, poetas e escritores, tapeçarias e barros, pedras e ribeiras. O Alentejo é largueza de horizontes onde o céu de outono trocou o amarelo pelos vermelhos e laranjas e fez crescer o verde.

Por baixo de um céu azul, há vilas tranquilas, cantadores no meio do casario, conversas sem fim, terras e gentes e uma enorme planície, marca de um Alentejo que se veste para o outono, mais vermelho e amarelo, um viçoso verde, princípio e fim, mudança dos ciclos da natureza, mais contemplação e caminho, mais andança. Mais água, como a que corre por baixo da Ponte de Vila Formosa, em Alter do Chão, a mais bem conservada ponte romana de Portugal, que unia Lisboa a Mérida e que hoje permite, ainda, a travessia da ribeira da Seda, pela EN 245, na fronteira dos municípios de Alter do Chão e do Crato, vila com a “Varanda do Grão Prior”, pedras que espreitam, ao largo, o Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa.

A varanda do Palácio do Grão-Prior cimeira as arcadas daquela que foi casa do primeiro grão-mestre dos Cavaleiros Hospitalários, instalados por ordem do Infante no Crato. Aqui corre a água, espetam-se as pedras que acompanham um roteiro diferente por terras da grande planície. No Crato encontra a Anta do Tapadão, um megalítico com mais de cinco mil anos e tido como um dos mais bem conservados. Pedras inclinadas que marcam o monte e as pastagens.

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