Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


02-04-2007

Crônica do Brasil


do Brasil  -      Francisco G. de Amorim

O  PIB, A DONA  MINISTRA  E  A  CEFALOPODOCRACIA

Depois de se mirambular pelas contas do país, o PIB cresceu. Quase 10%! Conseguimos assim, mediante esta mágica, ultrapassar o Paraguay. Que beleza. A matemática tem destas coisas. Tal como eu costumo fazer: volta e meia economizo aos milhares de Reais, Dólares ou Euros, duma forma extremamente simples. Ainda ontem; passei numa loja de automóveis que tinha um Porsche último modelo, lindão, por R$ 600.000,00. Não comprei. Ali, num vapt-vupt economizei seiscentos mil. Como o PIB.
Num país onde existe um ministério de igualdade racial, está-se bem a ver que a sua finalidade só pode estimular a desigualdade. Não são só as quotas para afro descendentes nas universidades (que promoverão assim a incultura, uma vez que o ensino básico é catastrófico), mas as palavras da madama dona ministra dessa pasta, que afirma, arrogante, que os negros têm todo o direito de não gostar dos brancos. Direito, têm, como o têm de não gostar de outros da mesma tonalidade de pele ou de qualquer outra. Nesta espécie de democracia em que vivemos, valha-nos Deus, ainda todos temos o direito de gostar de quem... se gosta. Independente da cor! O que não falta neste país são casais de cor diferente, que se gostam, constituem família e são exemplares.
Ou o pronunciamento televisivo do “chefe” de um movimento pró-afro num dos estados do país, que afirmou (eu vi!) que o Brasil só vai melhorar quando toda, TODA, a administração pública, municipal, estadual e federal for preenchida com africanos! Beleza, né?
Mas tudo isto, de momento não tem interesse. A moda é o “efeito estufa”, o futuro de todos nós.
Já há muitos anos que se antevia a possibilidade de qualquer cidadão comum, com um mínimo de conhecimento, produzir uma bomba atômica “caseira”. Já está. Um jovem americano, estudante de física, compra umas ferramentas aqui, uns “troços” ali, acabou fazendo, no porão de sua casa, a fissão nuclear. Parece que atingiu 48.000 C° para isso, mas, a verdade é que fez uma bomba, ATÔMICA, caseira.
Não tarda serão dezenas, depois centenas e até milhares de “curiosos” a seguir o mesmo caminho, e um deles vai-se “enganar” e explodir o brinquedo. Depois, uma reação em cadeia, e lá se vai a humanidade. Todinha.
Faleceu há pouco um homem extraordinário, grande cientista e humanista francês, biólogo, botânico, naturalista, pacifista, arqueólogo, que escreveu sobre isto num livro intitulado “E se a aventura humana falhar”. Diz ele que na Terra, ameaçada não só pelo “monstro” do aquecimento global, mas sobretudo pela inconsciência global, onde se destaca a proliferação de armas atômicas e outras brincadeirinhas afins, a humanidade caminha para a sua auto destruição. E...
Mas não deixará de haver vida na Terra, o que significa que outro animal um dia tomará o lugar do homem. Diz o grande mestre, que os animais com a inteligência mais desenvolvida e olhos perfeitos, são os cefalópodes, sobretudo os polvos e as lulas. Talvez eles, ou um deles, venha a assumir o controle que hoje, descontroladamente, está nas mãos do homem.
Isso, como é óbvio, levará largos milhões de anos, mas não deixa de ser preocupante desde já. Cefalópode, vem do grego, céfalo, cérebro, e pode, pés. Os que têm os pés na cabeça.
Pior é um governo acefalópode: sem pés nem cabeça.
E nós disso sabemos bem: já vamos no segundo mandato,  e ... promete durar. A conferir.

2 abr. 07
Abraço <oyarzun@terra.com.br

Fonte : br.groups.yahoo.com/group/dialogos_lusofonos/