Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


14-08-2021

A CHINA NÃO É A MAIOR PARCEIRA SÓ NO BRASIL


As trocas comerciais entre Angola e a China ascenderam a 10,5 mil milhões de dólares no primeiro semestre, mais 24 por cento que no mesmo período de 2020, de acordo com dados divulgados pelo embaixador em Luanda.

   

Embaixador da China revela dados das trocas relativas a 2020 © Fotografia por: DR

Gong Tao declarou, citado, ontem, no portal electrónico do Ministério das Finanças a falar num fórum de apresentação do Programa de Privatizações a empresários chineses, realizado na quinta-feira, que  "a China continua a ser o maior parceiro comercial de Angola”.

Antes, a ministra das Finanças, Vera Daves, é citada a definir  a cooperação sino-angolana, pelos empréstimos financeiros disponibilizados pelos principais bancos do país Oriental para a construção e reabilitação de infra-estruturas, com o primeiro desses empréstimos a ser assinado com o Eximbank em 2004.

Mas, notou a ministra, "este tipo de apoio financeiro, garantido pelo acesso dos chineses aos recursos naturais angolanos, vincula a compra de bens e a participação de empreiteiros chineses”, estando o Governo angolano "fortemente empenhado em persuadir ao investimento directo estrangeiro, realizado com base no valor intrínseco das oportunidades de negócio”.

O embaixador confirmou essa transformação, afirmando que "as duas partes estão a explorar novas áreas e formas de cooperação económica, a promover o comércio bilateral e investimento, para dar novo ímpeto à parceria estratégica Angola-China”.
"Constatamos, também, muito destaque na área do investimento”, apontou o diplomata, sublinhando que as duas economias são complementares e que Pequim "sempre terá plena confiança na cooperação económica bilateral”.