Iclas - Instituto de Culturas Lusófonas
Antonio Borges Sampaio


12-03-2022

UCRÂNIA - 5 :que se constituam grupos luso-ucranianos - H Salles da Fonseca


  •  Henrique Salles da Fonseca
  •  12.03.22

 

A tenacidade demonstrada pelos ucranianos na defesa do seu País contra a Invasão russa destrói por completo os argumentos de que a Ucrânia faz parte da Rússia - argumentação historicamente caduca, etnicamente falsa e politicamente aberrante. Os factos demonstram-no.

Como alguém disse numa TV, «Putin poderá ganhar a guerra mas perderá a paz». E é para que os problemas militares possam ser resolvidos que nós, os outros europeus, temos o dever de proporcionar aos refugiados ucranianos (velhos, mulheres e crianças, quer saudáveis quer doentes) as melhores condições de vida. Até para que os combatentes saibam que as famílias estão a recato.

Pelas notícias, constatamos que a nossa sociedade (pública e privada) se aplica com entusiasmo em iniciativas de acolhimento. Aliás, outro procedimento não seria expectável.

Do que os refugiados necessitam imediatamente é da recuperação emocional e física mas logo de seguida necessitarão de arranjar um modo «normal» de vida pois ninguém sabe por quanto tempo cá ficarão.

Nesta incerteza, lanço duas sugestões:

  • A instituição da «Escola Luso-Ucraniana»;
  • A instituição do «Hospital Luso-Ucraniano» onde médicos ucranianos possam exercer enquanto não aprendem português (e, daí, não serem membros da nossa Ordem dos Médicos).

Em situações normais, iniciativas deste género seriam bilaterais dos Estados envolvidos, mas com a situação por que actualmente o Estado Ucraniano atravessa, a iniciativa só poderá ser unilateral, do Estado Português.

Ficam as sugestões na certeza, porém, de que há muitas matérias por definir, a começar por «onde», «como», «com quem», «para quem»… e se ficarmos à espera que a nossa Administração Pública decida avançar com soluções, mais valerá que nos sentemos. Acho bem melhor que apareçam particulares que se constituam em grupos luso-ucranianos (um grupo para cada iniciativa) de estudo, promoção e pressão que «levem as respectivas cartas a Garcia».

Quem se oferece?

Março de 2022